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Nikias Skapinakis homenageado em congresso

08.07.2022
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O Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC) e a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) organizam entre 26 e 27 de Outubro um congresso dedicado à obra do pintor português Nikias Skapinakis (1931-2020).

Esta iniciativa, que vai contar com a presença de historiadores de arte, curadores e investigadores, tem como objectivo homenagear o artista português com um “percurso muito particular, cuja riqueza não se esgota no retrato, antes vive de uma profunda análise da história, da literatura e do quotidiano”, diz fonte do MNAC. Entre os oradores convidados encontram-se os nomes de Raquel Henriques da Silva, Bernardo Pinto de Almeida e Cristina Azevedo Tavares. No congresso serão abordados temas presentes na obra de Nikias Skapinakis como a importância da cor e do desenho, a paisagem, a melancolia, a memória…

Para além do congresso, o MNAC organiza uma exposição de trabalhos do artista da sua colecção pessoal.

Nikias Skapinakis nasceu em Lisboa em 1931, frequentou o curso de arquitectura, mas foi à pintura que se dedicou por inteiro. Além da pintura a óleo enveredou pela litografia, serigrafia e ilustração de livros, entre os quais se destacam “Quando os Lobos Uivam”, de Aquilino Ribeiro (Livraria Bertrand, 1958), e “Andamento Holandês”, de Vitorino Nemésio (Imprensa Nacional, 1983).

São da sua autoria os painéis concebidos para o café “A Brasileira do Chiado” (1971), em Lisboa e a “Cortina Mirabolante” que concebeu em 2005 para a estação de Arroios, do metro de Lisboa. Em 2012 o Museu Coleção Berardo dedicou-lhe a exposição antológica “Presente e Passado, 2012-1950” no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Em 2013 o artista recebeu o Prémio de Artes Visuais atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores e em 2014 apresentou na Casa Fernando Pessoa a série de guaches “Lago de Cobre”, bem como os desenhos “Estudos de Intenção Transcendente”. Em 2017 o Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva recebeu a série desenvolvida a partir de 2014, “Paisagens Ocultas – Apologia da Pintura Pura”.