Avelino Sá
No Caminho das Montanhas
10 Novembro a 22 Dezembro 2012
A Galeria Fernando Santos, apresenta a partir do próximo dia 10 de Novembro a segunda exposição individual de Avelino Sá.
Relembrando Miguel von Hafe Perez em 2008, aquando da exposição no Museu Amadeo de Souza Cardoso, para Avelino Sá a utilização da encáustica representa a possibilidade de oscilar entre a pintura, o desenho e a escultura, isto se pensarmos nas incisões que revelam o preto de base como elementos que, rompendo a superfície pictórica, vão ampliar a percepção da sua complexidade estrutural.
Apresenta-se agora uma nova série de trabalhos que têm como ponto de partida a poesia japonesa, pretendendo devolver-se a quem os recebe, a frescura do olhar, a inocência e, ao mesmo tempo, o prazer da descoberta e da liberdade do pensamento estético.
Tal como nos haikus, estas encáusticas nascem no interior do silêncio e é para o silêncio que tendem.
Paisagens
de Avelino Sá
“São paisagens: montanhas, planícies, desertos, entrevistos através da chuva, da poeira, do nevoeiro, da escuridão, da luz mais intensa. Paisagens que se ocultam, mais do que se revelam, quanto mais olhadas. Mesmo que os olhos se habituem à chuva, à poeira, ao nevoeiro, à escuridão, à luz mais intensa.
A monotonia das paisagens é uma armadilha. Assim como o silêncio. O silêncio é das coisas mais difíceis de pintar. Poucos pintores se aventuraram por esses territórios. Só aqueles para quem a alma da natureza (e a natureza da alma) não tem segredos.”
Jorge Sousa Braga
Posteriormente à data da inauguração, será editado um catálogo/caixa, edição de artista, que inclui imagens e textos de Jorge Sousa Braga e Miguel von Hafe Perez (manuscrito) de que se fará uma edição especial de 50 exemplares, com serigrafia, assinada e numerada.
Breve nota biográfica:
Avelino Sá (Santa Maria da Feira, 1961), vive e trabalha no Porto.
Estudou Artes Gráficas e Artes do Fogo na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis e Pintura na Faculdade de Belas Artes do Porto.
Expôs individualmente Arqueologias no Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, e na Galeria Fernando Santos, Porto/Lisboa, 2008, Percurso Gestual de um Som, 1982 na Galeria 401, Porto, As Carruagens vão chegando e param na Galeria Adriana Schmidt, Stuttgart, 1997, Clareiras e Do branco outras coisas ainda na Galeria Gomes Alves em Guimarães, Um livro a mais na estante de Babel na Assírio e Alvim, Porto, Stultifera Navis, AMOK. Requiem para um poeta e Restos do Olhar. Em Torno da Poesia de Paul Celan na Galeria Quadrado Azul, Margens na Galeria Atlântica, Porto e no Circulo de Artes Plásticas de Coimbra.
Participou colectivamente nas exposições Cumplicidades, Recife, Brasil, 1993, Arte Portuguesa dos Anos 90 na Colecção da Fundação de Serralves, 1999, Museu Alberto Sampaio, Guimarães, Olhares e Escritas na Arte Portuguesa desde 1960, Galeria do Palácio, Porto, 2003, Quartel. Arte, Trabalho, Revolução, Porto, 2004, Teleférico – Cais de Embarque, Guimarães, 2006, 6º Prémio Amadeu de Souza-Cardoso”, Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, Amarante e Antimonumentos, António Henriques Galeria de Arte Contemporânea, Viseu, 2007
Está representado em várias colecções públicas, tais como, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto; Museu Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporânea (MEIAC), Badajoz; Museu Colecção Berardo, Lisboa; Fundação Ilídio Pinho, Porto; Museu Amadeo de Souza-Cardoso, Amarante entre outras.