Fechar

João Jacinto – Os Tempos da Pintura

14.03.2013
Partilhar

João Jacinto
Os Tempos da Pintura
Museu Barata Feyo – Centro de Artes das Caldas da Rainha

14 de Março_18h00
conferência pelo artista_auditório da ESAD_11h00
patente até 14 Abril
Esta é uma iniciativa que une a autarquia, a ESAD e o Projecto Panaceia. O Projecto Panaceia é uma iniciativa de intervenção na cidade das Caldas da Rainha que pretende promover a proximidade entre a comunidade e a produção artística nacional. É um projecto desenvolvido   por alunos da ESAD CR e concebido para servir alunos, comunidade local e público em geral, colaborando na dinamização cultural da cidade.

“A primeira impressão que o seu trabalho nos provoca é a do excesso. Excesso de cor, de tinta, de matéria. Há de facto, na pintura deste artista, um transbordar da espessura da pintura que a afasta definitivamente da bidimensionalidade tradicional da tela para uma invasão do espaço que é, também, uma atitude contemporânea. João Jacinto trabalha organicamente a matéria, e este processo, que intuímos quando observamos a sua obra, é mais explícito no espaço privado do atelier: um plástico ocupa toda a superfície do chão, sobre a qual se dispõem telas e desenhos, mas também tintas, ligantes, diluentes, paletas (ou aquilo que cumpre a função de paletas). É possível, embora não se convide expressamente o visitante a fazê-lo, pisar, amolgar, sair em suma do atelier com tinta (ou pintura) que extravasou para a imagem que gostamos de dar de nós próprios. E quando o espaço não comporta mais pintura, dobra-se o plástico e muda-se de casa.”

Luísa Soares de Oliveira | Docente da ESAD

“Vemos com particular agrado que exista entre alunos da Escola Superior de Arte e Design, organizados em torno do projecto Panaceia, a vontade de propor actividades que possam a um tempo, constituir uma aprendizagem dos alunos envolvidos e simultaneamente oferecer ao público propostas de qualidade. Aos museus deve caber o papel de serem espaços abertos à sociedade civil, integrando visões diversas do fenómeno artístico, avaliando a sua importância e valor intrínseco, acolhendo as que entenda serem relevantes para a sua missão e objectivos.”

José Antunes | Director do Centro de Artes | CMCR

“A tinta cai na tela, por vezes ajusta-se ao desenho, experimentando o corpo riscado, tomando-lhe as medidas, de uma cara, de uma casa. Em outras ocasiões a tinta desenha sem corpo e faz-se imagem de si, a imagem que se avizinha da coisa. Tinta que se aconchega ao desenho e desenho que é presentificação da tinta, nunca há só figuração, nunca há só abstracção, uma caminha sobre a outra, destapam-se, cobrem-se, arranham-se, esticam-se, saem do bastidor, esta coisa é tinta, esta tinta é imagem. A tinta tem cor sobre a qual nada se escreverá, é demasiado fugidia para ser descrita, torna-se obrigatório vê-la. “

Projecto Panaceia