Manuel Amorim
Eye(s)
Espaço 531
8 Novembro a 23 Dezembro 2008
Manuel Amorim (Lisboa, 1950), vive e trabalha desde fins da década de 70 em Paris.
Contando com um vasto percurso expositivo, que incide principalmente em apresentações internacionais, na Bélgica, nos Estados Unidos e em França, com especial destaque para a exposição em 88 na Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris, Manuel Amorim, volta à Galeria Fernando Santos, dez anos passados sobre a sua última exposição em Portugal.
Segundo Bernardo Pinto de Almeida, no catálogo dessa exposição, “Manuel Amorim, destaca-se na pintura portuguesa como um daqueles artistas cujo percurso – longamente vivido e reconhecido fora – mais se tem afirmado pela via da coerência e da fidelidade a uma ideia pessoal do que é pintar.
Para Manuel Amorim a pintura é um acto solitário de simultâneo auto-conhecimento e auto-reconhecimento, muitas vezes realizado nos limites paroxísticos da vertigem, em que o artista interroga através de imagens as representações que o ser faz de si mesmo.
Mais diria que a pintura de Manuel Amorim se constrói como a paradoxal trama de uma dupla ilusão.
A ilusão da pintura enquanto representação, e a construção de uma outra ilusão, por assim dizer, de segundo grau.
A de que para além desse espaço existe um outro, mais longínquo, mais enigmático, quiçá mais fatal, e de que só o pintor possui a chave.
Uma ilusão que a pouco e pouco faz ruir a anterior que lhe deu forma.”