O MU.SA – Museu das Artes de Sintra apresenta, a partir de 27 de Setembro, a mostra “O futuro nasce a cada amanhecer: obras da Vasco Collection”, inaugurada a 28 de Setembro e patente até dia 24 de Novembro.
A colecção iniciada em 2001 é constituída por 1100 obras, sendo que destas foram seleccionadas 84, da autoria de 44 artistas de 13 nacionalidades, para integrar a exposição “O futuro nasce a cada amanhecer”.
Esta mostra tem curadoria de João Mourão e Luís Silva, e apresenta obras de artistas, como Nadir Afonso, Eduardo Batarda, Alberto Carneiro, João Louro, Joana Escoval, e Shaina Mccoy. A exposição é uma viagem pela arte contemporânea, reflectindo sobre a construção do futuro. «Partindo da representação da figura humana, tanto através da sua presença, como da sua ausência, e de ideias de representação e identidade, a exposição traça um percurso em partes iguais sensível e crítico, onde o corpo humano se apresenta em constante transformação», escrevem os curadores Luís Silva e João Mourão.
«Um corpo espectral e frágil gradualmente transforma-se num corpo social, histórico e politizado, no qual se inscrevem as marcas da geo-política contemporânea. Esse corpo, antropomorfizado ao limite, e recusando a possibilidade da sua existência fora da esfera das atividade humana, não pode não dar de si. Aos poucos, abandonando um ponto de vista antropocêntrico, começa a hibridar-se com outras formas de vida e transforma-se em algo que existe já fora da dialética humano-animal: um corpo que é geologia e meteorologia, energia e pensamento. Um corpo que extravasa já os limites da sua forma física, retornando à possibilidade de uma existência espectral, e que é o ponto de partida da exposição, dando conta da completude empírica da experiência humana», lê-se na folha de sala.