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Pedro Cabrita Reis – One After Another a Few Silent Steps – Museu Berardo

04.07.2011
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Museu Berardo
Lisboa
4 Julho | 2 Outubro 2011

Após apresentação na Galerie der Gegenwart (Hamburger Kunsthalle, Hamburgo), no Musée Carré d’Art em Nîmes e no Museu de Leuven em Bruxelas “One After Another, a Few Silent Steps, de Pedro Cabrita Reis termina a itinerância no Museu Berardo em Lisboa.
Cabrita Reis apresenta esculturas de grandes dimensões, pintura, desenho e fotografia desde 1985 até ao presente, naquela que é uma retrospectiva fundamental.

Desde inícios da década de 90, o trabalho de Cabrita Reis gira em torno de temas como a construção e o território. Ao mesmo tempo que cria Obras baseadas em elementos do dia-a-dia, tais como mesas, cadeiras, portas e janelas, Cabrita Reis cria instalações de larga escala com estruturas imponentes e complexas que ocupam todo o espaço expositivo.
Opõe ao clássico cubo branco o uso de paredes de tijolo maciças e objectos industriais tais como néons, grades de aço ou pranchas de madeira áspera.
Pedro Cabrita Reis é um impulsivo coleccionador de fragmentos de civilização e de impressões sensoriais. Para ele, objectos comuns e rejeitados são tão bem-vindos como o achado de um edifício abandonado ou uma velha oliveira. Como sucessões de imagens retinianas, tais estímulos visuais plantam a semente da ideia para uma das suas esculturas melancólicas e arcaicas ou para uma nova pintura.

Por ocasião da apresentação em Hamburgo, foi editado um catálogo com 200 imagens a cores e textos de Dieter Schwarz, Pedro Cabrita Reis e António Lobo Antunes,

“- Olhai, olhai bem, mas vêde.
Tal desafio, por ser impossível comunicar de outra maneira, é uma das marcas de água de Pedro Cabrita Reis. Não conheço um trabalho seu que não exija isto e, se cumprirmos isto, encontraremos o entendimento do mundo. Pedro Cabrita Reis dá a ver, mas dá também a ouvir, a cheirar, a tocar, a topar de súbito com a evidência da nossa nudez essencial mostrando, ao mesmo tempo, as máscaras que a cobrem. Exibe o cenário e o reverso do cenário, porque toda a pintura, ou o que lhe quiserem chamar, é igualmente uma profunda reflexão acerca da arte de pintar.”

(António Lobo Antunes)