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Pedro Cabrita Reis – The Whispering Paper – Fundação Carmona e Costa

30.06.2011
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390 desenhos entre 1970 e 2011 e alguns textos a propósito
Fundação Carmona e Costa, Lisboa
30 de Junho  22H00
Até 8 Outubro de 2011

Pedro Cabrita Reis nasceu em Lisboa em 1956, cidade onde vive e trabalha.
Com reconhecimento internacional consolidado, a sua obra tornou‐se crucial para o entendimento da escultura a partir de meados da década de 1980. A sua complexa obra, caracterizada por um idiossincrático discurso filosófico e poético, engloba uma grande variedade de meios: pintura, desenho, escultura e fotografia. Utilizando materiais simples e submetendo‐os a processos construtivos, Pedro Cabrita Reis recicla reminiscências quase anónimas de gestos e acções primordiais repetidos no quotidiano, prolongando no seu desenho esta atitude eminentemente experimental, fruto de um cruzamento entre a assunção de um conhecimento clássico e um modo de fazer contemporâneo.
A complexa diversidade teórica e formal do trabalho de Pedro Cabrita Reis procede de uma reflexão antropológica contrária ao reducionismo do discurso sociológico. De facto, é sobre silêncios e indagações que assenta a obra de Pedro Cabrita Reis, independentemente dos meios em que se materializa.
A fundação carmona e costa apresenta agora no seu espaço de arte contemporânea uma exposição antológica de desenho de Pedro Cabrita Reis.
Para a presente mostra, o Artista seleccionou 390 desenhos do seu arquivo pessoal os quais, na sua maioria, nunca foram apresentados anteriormente, um corpo de trabalho que percorre cerca de 4 décadas da obra de Pedro Cabrita Reis. Recusando uma metodologia cronológica, porque nem o trabalho, nem a vida, são uma única linha, o Artista propõe‐nos esta exposição como um “cabinet d’amateur”, onde poderemos experimentar múltiplos confrontos entre desenhos de natureza formal e conceptual extremamente diversificada, que materializam um percurso complexo e desafiante nesta trajectória desde a actualidade até ao seu período de juventude.
Em the whispering paper 390 desenhos entre 1970 e 2011, Pedro Cabrita Reis convida‐nos assim para um percurso através de um arquivo único escolhido por si, viagem onde iremos percorrer de um modo maior, questões e premissas que materializadas nestes desenhos nos permitirão entender de uma forma enriquecedora o seu modo de estar noutras disciplinas, do desenho à escultura, da fotografia à pintura.
Participou em importantes exposições internacionais, tais como na Documenta IX em Kassel, em 1992, nas 21a e 24a Bienais de São Paulo, respectivamente em 1994 e 1998, e no Aperto na Bienal de Veneza de 1995. Em 2003, representou Portugal na Bienal de Veneza. Desde então o seu trabalho tem sido exibido em exposições organizadas por diversos museus e centros de arte, onde destacam‐se: “Sometimes one can see the clouds passing by” na Kunsthalle Bern, 2004, “Stillness” no Camden Arts Centre em Londres, 2004, “True Gardens #3 (Dijon)” no FRAC Bourgogne em Dijon, 2005, “Pedro Cabrita Reis” no Museo d’Arte Contemporanea Roma, 2006, “La ciudad de adentro” na OPA em Guadalajara, 2007, “True Gardens #6” na Kunsthaus Graz, 2008, “Pedro Cabrita Reis” na Fondazione Merz em Turim, 2008, “La Línea del Volcán” no Museo Tamayo na Cidade do México, 2009, “Xe Biennale de Lyon ‐ The Spectacle of the Everyday” em Lyon, 2009, “Deposição” na Pinacoteca de São Paulo, 2010, “One after another, a few silent steps” na Hamburger Kunsthalle em Hamburgo, 2009, “One after another, a few silent steps” no Carré D’Art em Nîmes, 2010, “One after another, a few silent steps”, no M Museum em Leuven, 2011 e “One after another, a few silent steps” no Museu Colecção Berardo, em Lisboa, 2011.