Convento Corpus Christi, Vila Nova de Gaia
22 JUL – 24 OUT 2021
Rui Sanches (Lisboa, 1954) desenvolve desde o início dos anos 1980 uma obra inconfundível no panorama da escultura portuguesa.
A sua prática artística, ancorada em diálogos cruzados com a história de arte, com a arquitectura e com o corpo humano, questiona os pressupostos da pintura clássica e da escultura contemporânea e investiga fenómenos de percepção que interpelam o olhar e incitam o movimento do espectador.
Paralelamente ao trabalho escultórico, Rui Sanches desenvolve um corpo de trabalho em desenho que retrata a sedimentação do tempo no plano do papel, sobrepondo gesto sobre gesto, estrato sobre estrato.
Estabelecendo princípios construtivos básicos que explora serialmente, Rui Sanches desenvolve uma obra de notável rigor que ganha forma entre o plano e o espaço, a recta e a curva, a lógica e a sensação, a ordem e a caos.
Rui Sanches: linha e mancha, corpo e máquina examina momentos de continuidade e ruptura ao longo do percurso do artista e estabelece pontos de contacto entre o seu trabalho em escultura e desenho.
A exposição inclui um conjunto de obras em depósito na Colecção de Serralves que abrange um arco temporal de três décadas, apresentando trabalhos dos anos 1980 que se relacionam diretamente com temas da pintura clássica e neoclássica, bem como obras das décadas seguintes que evidenciam uma aproximação abstracta ao corpo e à escala humana, estabelecendo uma relação de proximidade com o espectador.
Esta mostra integra o Programa de Exposições Itinerantes da Colecção de Serralves que tem por objetivo tornar o acervo da Fundação acessível a públicos diversificados de todas as regiões do país.
Curadoria: Joana Valsassina
Serralves