Sergio Belinchón
Ciudades Efímeras
Espaço 531
23 Setembro a 28 Outubro 2006
Nestes trabalhos, Sergio Belinchón prossegue uma investigação sobre a cidade, o urbanismo e as diferentes abordagens de espaços públicos através de várias séries de fotografia e vídeo.
Em “Ciudades Efímeras” dá-nos a conhecer paisagens marcadas presença humana, a relação entre o Homem e o meio envolvente e o seu modo de ocupar os espaços. Nas suas fotografias, os espaços públicos, que definimos pelo seu uso social e colectivo, são mostrados vazios, convidando a uma contemplação da imobilidade do tempo.
Podemos encontrar em Espanha, uma cidade linear construída ao longo da costa com fins exclusivamente turísticos. Um pedaço de terra que, apenas por um curto período de tempo, se torna a mais povoada região da Europa.
É uma cidade que vive unicamente durante os três meses de Verão, quando milhares de pessoas se deslocam buscando sol e mar. Durante os restantes meses do ano converte-se numa cidade fantasma, uma cidade sem qualquer função, sem gente, sem préstimo. Uma cidade que tem crescido e se tem expandido desde os anos 60, e parece não ter fim.
Esta série fotográfica documenta o desenvolvimento desta efémera cidade costeira.
Os vídeos são uma compilação de curtos documentários, uma espécie de coreografia que mostra o modo como as pessoas definem o carácter de um espaço, pela simples forma como interagem, pelos papéis que representam e pelo comportamento que adoptam quando dentro dele.
Sergio Belinchón oferece-nos diferentes modos de entender os diferentes sentidos do conceito de espaço público : um local de encontro, reunião, um local de passagem onde o indivíduo na multidão toma conhecimento do outro; onde o indivíduo público se converte num actor tendo que adoptar determinadas normas sociais tornando o espaço público num permanente teatro.